Perigo de extinção
Aliado ao problema da caça, as baleias correm novo risco, com o aumento da poluição. Em Julho de 2001, na reunião anual da Comissão Baleeira Internacional, o Japão e a Noruega tentaram levantar a proibição de caça à baleia, contrariamente à Austrália e à Nova Zelândia que propuseram a formação de um santuário para as baleias, no Pacífico Sul - uma proposta que foi recusada, constituindo a primeira derrota desta reunião.
Já existem dois santuários de baleias: no Oceano Índico, desde 1979 e no Oceano Antárctico, desde 1994.
No meio dos interesses económicos surge assim o risco da poluição que ameaça a sobrevivência de muitas espécies. O Fundo Mundial para a Natureza afirmou que sete das 13 espécies correm risco de extinção, ao serem confrontadas com o ataque dos efluentes químicos e dos pesticidas que são lançados ao mar.
As substâncias poluentes fixam-se na gordura dos cetáceos e, posteriormente, no leite materno que alimenta os baleotes. Mais tarde, provocam ainda disfuncionamentos nos sistema imunitário, nervoso e reprodutivo.
Entre a ameaça da poluição, contam-se ainda as colisões com os barcos, as redes de pesca, a exploração do gás e do petróleo em offshore nas zonas de alimentação, a degradação dos habitats e a mudança climática.
Apesar da interdicção à sua caça desde 1986, todos os anos, mil baleias são mortas. Depois disso, foram mortas oficialmente 21 573 baleias.
O Fundo Mundial para a Natureza encoraja a «observação das baleias». Em 2000, nove milhões de pessoas em 87 países dedicaram-se a este tipo de observação, gerando um lucro global de um milhão de dólares, o dobro da quantia obtida seis anos antes. Um estudo mostrou que esta actividade daria mais lucros à economia islandesa do que uma eventual retoma da caça comercial.